sábado, 1 de agosto de 2015

SEMANCOL

Arte de Hans Arp
 
Mais importante do que definir o nosso talento, é também descobrir o que não devemos fazer.

O que não temos mesmo o dom. O que seria patético tentar e insistir.

Antes que seja tarde. Antes de envergonhar a família e abusar da boa vontade dos amigos.

O pior sujeito é o que pensa que pode tudo. Não tomou um semancol e sifragol na infância. Guarda a impressão de que é capaz de  aprender qualquer coisa.

Não, não é verdade, só existiu um  Leonardo da Vinci.

Há coisas que você não dominará. Precisa aceitar a sua incompetência.

Há homens que nasceram para pilotar um fogão, mas serão péssimos motoristas. Há mulheres que nasceram para interpretar no palco, mas serão péssimas escritoras.

Eu, por exemplo, não tenho condições de cantar. Sou desafinado. Nem em karaokê. Muito menos me arrisco sozinho no chuveiro. Não é porque falo na rádio que desfruto do direito de soltar a voz.

Conhecer os limites é uma vantagem.

Ouça o comentário na manhã dessa sexta-feira (24/7), na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, com Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina:


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