Arte de Francis Picabia
Logo após a morte trágica do ex-governador Eduardo Campos, sua viúva Renata estava lúcida, sóbria, serena, tranquila. Não estava desesperada, chorando, esperneando, como era de se esperar. Era a mais atingida pela tragédia, com filho pequeno, mas a que mais confortava a família. Diante da verdadeira dor, somos fortes, decididos, solidários, dividimos os ombros, oferecemos colo. Na dor terrível, paradoxalmente, é o momento em que nos preocupamos com a dor dos outros.
Já quando a dor é falsa, já quando a dor é orgulho ferido, somos egoístas e negligentes. Acabamos nos isolando, só pensando em nós, só chamando atenção, só querendo aparecer, só pretendendo encontrar um culpado pelo sofrimento.
Na dor verdadeira, somos sábios, carinhosos, atentos.
Na dor falsa, somos individualistas, insensíveis e grosseiros.
Ouça meu comentário na manhã de terça-feira (26/8) na Rádio Gaúcha programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina:
Um comentário:
De fato, a dor é degrau de superação e não obstáculo de estagnação.
Abraço!
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