Já fui hippie com cabelo comprido. Já fui metaleiro com braceletes de pregos. Já usei brinco. Já tirei barba, já coloquei bigode, já testei cavanhaque. Já fui executivo, de coolocar terno todo dia, e não dispor de uma calça jeans no armário. Já fui sertanejo com franja de Chitãozinho e Xororó. Já fui maloqueiro. Já malhei e ergui peso a ponto de engolir ovo cru de manhã. Já fui comportado, de camisa polo e calça de sarja. Fui dezenas de personalidades ao longo de minha vida, várias encarnações.
O passado existe para a gente não julgar a aparência dos outros. Para não ser intolerante. Ouvir primeiro, antes de falar, antes de condenar. Se sua filha surge de cabelo azul em casa, dá um desconto. Realize uma rápida retrospectiva (será que não fez pior?)
Ouça meu comentário de terça (22/5) na Rádio Gaúcha, no programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Daniel Scola:
4 comentários:
Vou fazer uma análise_"eu de A a Z", nooossa! Depois eu retorno e deixo meu "depoimento".
Caro Carpinejar, observação tão simples e tão necessária nos dias de hoje, pois tá parecendo que a diversidade assusta, a ponto haver agressões. Curto e rasteiro, belo post.
ps. Ja´li um livro teu.
ps.2. Grande abraço.
Já apareci em casa com o cabelo azul, rs. Minha mãe deveria ler isso!
Filhos são bons mestres, é preciso disposição para encarar o passado, e enfrentar os vexames que a juventude nos impôs. Gostei da foto adolescente.Beijos e sorrisos.
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