terça-feira, 11 de setembro de 2012

OS POTINHOS FORA DO PRÉDIO


Na saída do meu prédio, sempre piso em pratinhos de água e restos de comida, destinados por algum vizinho a um cachorro de rua.
 
Molho a bainha da calça, espirro polenta na roupa, mas o incômodo físico é o de menos.
 
Pressinto uma falsidade involuntária na assistência.
 
Quando criança, era natural oferecer, totalmente escondido, leite para ninhada de gatos, até os pais admitirem sua entrada em nossa vida.
 
O cenário diante do meu condomínio é outro: adultos repassam comida sigilosamente sem nenhum motivo. Escondem de quem? De si?
 
Por que o tráfico de ternura?
 
Toda manhã, a refeição é renovada e o coitado do bicho comparece para matar a fome e a sede. Só que ninguém mata sua orfandade.
 
O que sugere ser uma boa ação, na minha crença, é crueldade.
 
É trazer o cãozinho para perto e não permitir-lhe entrar. É oferecer a isca e abandoná-lo. É fingir que preserva sua saúde durante alguns minutos para largá-lo à sorte no restante do dia.
 
É criar uma série de mendigos de quatro patas aguardando a esmola da entrada.
 
Cada morador que entra no conjunto residencial recebe uma mirada funda, triste, implacável.
 
O olhar canino tem carências de chapéu – e o coração se contrai como niqueleira vazia.
 
O animal não se vê recompensado e satisfeito, mas viciado e perdido. Suga as nossas sobrancelhas. Abana o rabo por qualquer contração do rosto, na expectativa de uma família adotiva.
 
Está sendo torturado: não sabe como agir para ser aceito, não sabe se deve ficar imponente de vigília ou desaparecer discretamente e retornar no sol seguinte.
 
Ele se frustra perante a porção. Não tem um afago demorado, sinal de permanência, um assobio confiante para libertá-lo.
 
Quem alimenta no portão está se enganando e enganando o bichinho.
 
Não tem coragem de colocá-lo em sua sala, em sua cozinha e integrá-lo definitivamente a um teto.
 
Faz de conta que ama e se preocupa, porém recusa o trabalho inteiro de recuperação e treinamento.
 
É um cumprimento de mão frouxa. Mantém próximo, jamais protegido.
 
Não existe generosidade parcelada, é uma prestação única e à vista.
 
Desse jeito, é ajudar para receber o título de bondoso, nunca porque deseja realmente ajudar.
 
Oferecer sobras é assistencialismo, é populismo, é paliativo.
 
A responsabilidade é a única caridade por inteiro. O resto é adiamento.
 
Se quer cuidar do bicho, leve para casa. Dê um lar. Assuma o compromisso do convívio.
 
É abrir a primeira porta, a porta do meio e a porta de dentro. As três portas que separam a aparência do caráter.
 



Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, p. 2, 11/09/2012
Porto Alegre (RS), Edição N° 17189

33 comentários:

Ana Paula disse...

Somos ridículos nas nossas vestimentas de caridade, assistencialismo.

Anônimo disse...

Genial!
O mesmo anda acontecendo no condomínio de minha mãe, e coincidentemente conversávamos sobre isso. Mais uma vez, brilhante, Carpinejar.
Carol Godoi - BH

Geane disse...

Querido Fabrício.
Discordo da sua opinião. Sou veterinária. Atendo de graça quem não pode pagar pela consulta. Na minha casa existem 5 cães e 2 gatos, e sou a única humana no meio deles. Somente um dos meus bichos não foi resgatado da rua.
Agora só me resta botar potinhos na rua para aqueles que não tiveram a sorte de encontrar um lar. Acho que sim, os cães abandonados também tem direito a um prato de comida enquanto não chega seu grande dia. Pode ser q esse dia nunca chegue, mas se ele não se alimentar nunca chegará mesmo. Tento fazer minha parte, mas sou limitada. Meu espaço físico é limitado, meu dinheiro é limitado.
Entendo quem coloca alimentos na calada da noite, já fiz isso porque incontáveis vezes fui obrigada a ver quem não gosta de animais jogarem fora as vasilhas. Pelo menos colocando ao anoitecer, a chance do pote permanecer lá por mais tempo é maior.
Mas toda essa questão depende de políticas públicas de castração e penas mais severas para o abandono de animais. Na hora de votar quem se preocupa em escolher um candidato que se interesse pelos problemas dos quatro patas?

Anônimo disse...

"que foi Hillé?
o olho dos bichos, mãe
que é que tem o olho dos bichos?
o olho dos bichos é uma pergunta morta. [HILST, Hilda] - quem tem coragem de olhar no olho dos bichos e ver a pergunta morta do próprio olhar? Abrir portas e acolher é bem difícil...
(Abraço, Afonso)

Anônimo disse...

Se for inútil dar comida para cães abandonados também será inútil doar alimentos para crianças no orfanato.
Claro que não resolve o problema, mas a opção é deixar morrer de fome enquanto não se resolve a questão?

Anônimo disse...

Não sei. Existem muitos motivos para não levar o cão pra casa: alergias, por já ter um ou mais de um cão em casa, entre tantos outros. Aproveitando a deixa Carpinejar, desde que você se separou e tornou isso público, se dispõe a ver o pior nas situações que descreve. Sempre me identifiquei com você, mas confesso que não tem sido mais um prazer ler suas considerações ou provocações sobre separação, e outras como essa. É legal abrir a vida de casal totalmente numa rede pública? Voltando à crônica, não é porque não podemos adotar um cão, que precisamos fingir que eles não existem nas ruas. Nem toda situação hipotética serve para definir ou finalizar o caráter das pessoas. E você, como ajuda? Só critica? Vai dizer que não possui tempo, não poderia cuidar (muitas pessoas também não). Como leitora estou decepcionada, pois como você mesmo escreveu certa vez: "literatura não substitui a vida", e as infantilidades que você tem manifestado não condizem com a maturidade das suas "belas palavras".

Lúcia Amaral
Professora
BH

ana disse...

Quando o cachorro vai lá e come ele nao está pensando se vai ou nao ser adotado. Nós é que projetamos nossas carencias nos animais e achamos que eles querem aconchego e um lar. O que eles querem mesmo é encontrar comida e serem livres. Mas a crônica é bonita e não cabe ao escritor ficar se explicando. Foi um momento de inspiração e cada um interpreta como bem quiser.

ana disse...

Quando o cachorro vai lá e come ele nao está pensando se vai ou nao ser adotado. Nós é que projetamos nossas carencias nos animais e achamos que eles querem aconchego e um lar. O que eles querem mesmo é encontrar comida e serem livres. Mas a crônica é bonita e não cabe ao escritor ficar se explicando. Foi um momento de inspiração e cada um interpreta como bem quiser.

Lidiane disse...

Discordo completamente da tua opinião! Quer dizer então que deixar um bichinho morrer de fome e sede é o correto? Se não pode adotá-los, simplesmente dar as costas???
Graças a Deus a maioria das pessoas não pensa assim!
Esse tipo de pensamento é de pessoas egoístas, que além de não fazerem nada por ninguém, ainda se incomodam quando alguém pratica o bem!
Infelizmente moro em apartamento, e já adotei 4 gatos! Não tenho condições de adotar mais nenhum. Mas é lógico que ajudo os cães e gatos que estão na rua da maneira que posso!
Agora, pessoas que acham "o fim do mundo" dar um prato de comida, tem mais é que ficar criticando de braços cruzados, mesmo!

Franco de Paula Gonçalves disse...

Amei o texto, Carpinejar. Eu entendi o que quis dizer. O texto, também, pode servir de parábola para outras questões. Nos faz refletir sobre inúmeras atitudes diárias. Não foi uma crítica aos que alimentam sem adotar, mas uma motivação e um elogio àqueles que querem dedicação por completo. Dar alimento e não adotar é o mesmo que amar pela metade, pescar o peixe e deixá-lo no barranco, nem devolvê-lo ao rio nem comê-lo.
Beijos,
Franco. @francoopg

Anônimo disse...

Quem alimenta um animal automaticamente se transforma em seu responsável. Isso é lei. Posse responsável.
Quem discorda e alimenta esses cães não está resolvendo um problema,está criando outros tantos. Não é alimentando esses animais que resolveremos o abandono e o mau trato.
Aos que dizem que os animais irão morrer de fome, e que isso sim seria crueldade, eu digo que a natureza é sabia e se encarrega do problema, são os humanos que têm a eterna necessidade de se sentirem responsáveis por tudo que acontece ao seu redor. Se não houvessem tantas pessoas alimentando os cães, não teríamos tantos cães para alimentar.
Muito ajuda quem não atrapalha.
Quer ajudar? Responsabilize-se! Adiar e empurrar o problema para outros não te faz um herói.
Estudo veterinária e já trabalhei no setor de controle de zoonoses, então sei do que estou falando.
Se você quer ajudar, preocupe-se com a política pública da sua cidade, cobre dos seus governantes e vote consciente!

Rodrigo B disse...

É mais ou menos como doar um brinquedo no Natal e se "esquecer" de qualquer caridade o resto do ano!!!

Andrea disse...

Adorei o que a Ana Paula falou, projetamos nossos sentimentos nos bichos...
Melhor alimentá-los do que deixar passando fome e sede se for assim teríamos que acabar com as sopas distribuídas para os moradores de rua ali na Getúlio Vargas? Infelizmente não temos como cuidar de todas as pessoas e bichos. Já trouxe 4 cães para casa, com certeza se pudesse traria mais um, na verdade todos...
Se você tem este comportamento também quando algum mendigo tenta se abrigar próximo a seu prédio???
Não vejo como uma falsa caridade, vejo pessoas tentando fazer o que esta a seu alcance para ajudar enquanto outros que tem espaços privilegiados em jornais só sabem resmungar e reclamar, talvez por não receber sequer um potinho de água e comida pela manha, talvez por não ter quem se preocupe com ele diariamente...

Anônimo disse...

para essa ignorante que disse "Aos que dizem que os animais irão morrer de fome, e que isso sim seria crueldade, eu digo que a natureza é sabia e se encarrega do problema"
sai de volta do seu umbigo e olha se a natureza se encarrega. tantos animais esqueléticos, anemicos, doentes. faça-me o favor! E o que dizer de quem escreveu? além de ser um mero espectador da vida real, ainda critica quem tenta fazer o bem! Na real ele quis fazer poesia sobre os pobres animais que são alimentados sem lares, pra ver se os vizinhos dele param de alimentar e ele pode seguir sua vidinha vazia sem deparar com os abandonados a sua volta! Quem ajuda animais,geralmente ajuda também os humanos. E quem critica quem ajuda os animais,geralmente não ajuda ninguém! Nem pessoas, nem crianças, nem recicla lixo... Geralmente não faz nada! Só fica sentado, criticando ou escrevendo coisas tolas como essa daí.

Anônimo disse...

Eu tinha tanta coisa pra dizer pra esse Carpinejar, mas tantas já foram ditas. Uma pessoa que concorda e escreve uma crônica dessas, só pode ser um narcisísta, pobre de espítito e falta de assunto. Teu problema sempre foi se aparecer e conseguiu. Nunca gostei de ti, pq nem pra palhaço tu serve, és totalmente sem graça. Criatura tu presisas é de um psiquiátra, e urgente.

Jaqueline Oliveira disse...

Carpinejar, se o objetivo era criar polemica conseguiu, parabéns. Vi varias Ongs publicarem seu texto como se tivesse algo a dizer... Vi centenas revoltadas protestando como se tivesse atingindo as moralmente. Mas neste teu texto falta um pequeno desfecho, mas importantíssimo ... O que vc faz para ser diferente destas pessoas que vc critica com seus potinhos? Se só usa estes espaços públicos tão nobres para só expressar tua opinião, com certeza vc é pior que elas... Se vc já mudou a vida de um destes animaizinhos, ou seja, já adotou... Tens e merece o meu respeito... Atitude meu caro... Atitude... É o que a "veia louca" dos potinhos tem de sobra... Ela pode ate nao estar totalmente correta... Ou nao ter dinheiro para ter 30 gatos e 10 cachorros. Espero que tenha atitude para responder ao invés de ter largado este texto só para causar polemica... Seria triste para muitos fãs ...

cannisluppus disse...

Não há apenas uma verdade aqui! Muitas pessoas fazem o máximo que podem por um animalzinho e outro, e mais outro e ainda assim, não estão fazendo todo o necessário, é verdade. E quem faz anonimamente, por certo não está fazendo por vaidade mas por compaixão. Assim como quem dá um prato de comida na sua porta não deve se sentir obrigado a colocar o pedinte (humano ou canino) para dentro da sua casa. Se o objetivo é criar polêmica, temos aqui um prato cheio. Mas nas entrelinhas desta crônica está a sua grande verdade. Criticar é sempre mais fácil que fazer. O mundo precisa de atitudes, não de opiniões. Opinião nenhuma mata fome ou cura doença.

Acyr Winckler Martins - Porto Alegre

Fernanda Souza disse...

No mímimo, lamentável. Escrever sobre responsabilidades é muito diferente de ter atitudes responsáveis, porém, a facilidade da crítica realmente supera os limites do bom senso.

No mínimo, lamentável!

Karen Drago disse...

Fabrício! Para os cães que não posso adotar, me resta apenas colocar potinhos (quando posso ajudo com mais... um paninho, um remédio. Fora, claro, o encaminhamento para adoção). Não deixa teus bons escritos prejudicarem o serviço de quem ajuda estes animais... Beijo!

Rosita disse...

Essas minhas palavras foram inspiradas num comentário da amiga Angel – Protetora de POA !

A principio pode parecer uma crônica de respeito, cheia de frases de impacto e que nos fazem pensar mas, cumpre nesse momento, dar algumas explicações, porque pelo visto o Carpinejar não sabe que os tais 'potinhos' servem, antes de tudo, para aproximar a bichinho, tentar criar vínculo ou talvez até deixa-lo mais tranqüilo, mais manso e com menos pavor do mundo onde foi jogado: o cruel mundo da rua!
Aí, passado um tempo, vem a torcida para que ele confie um pouco em nós e então quem sabe possamos resgata-lo, castrar, vacinar, desverminar para então procurar uma família que o adote !!
Muitos deles, com certeza, nunca serão adotados ou levarão anos até que alguém de bom coração os queira.
E enquanto a adoção não acontece eles viverão em abrigos, casas de passagem ou então viverão NAS RUAS sob os nossos cuidados.
Se Carpinejar não sabe, todas as despesas - TODAS MESMO - desde o resgate até a adoção definitiva do animal, saem do nosso salário, do nosso bolso, da nossa aposentadoria, etc...(remédios, cirurgias, castrações, vacinas, hospedagem, ração). POR ISSO... CARPINEJAR ... POR ESSES MOTIVOS É QUE AS VEZES ELES CONTINUAM NA RUA, JUNTO COM OS POTINHOS.
Somos voluntários e cuidamos (ou tentamos cuidar) de animais abandonados, as vezes ou quase sempre deixando de lado nossas próprias vidas.
Mas isso ninguém vê!!
OS POTINHOS ...AH...ESSES TODAS AS PESSOAS ENXERGAM.
Mas ninguém vê um animal atropelado e sofrendo na rua, ou filhotes largados a própria sorte nos matagais ou nas lixeiras, cães idosos, que nem caminham mais, deitados nas calçadas esperando a morte chegar, ou ainda, as cadelas mamães procurando desesperadamente algum buraco para terem seus bebes longe da maldade.
Ninguém vê a dor, a fome, a sede, o cansaço de um bicho de rua.
Nós, os voluntários, vemos todas essas coisas e temos responsabilidade sim! Queremos cuidar do bicho sim!! Queremos abrir a primeira porta e todas as outras !!
MAS, SR. CARPINEJAR, INFELIZMENTE NÓS NÃO PODEMOS LEVAR TODOS PARA CASA. NÃO PODEMOS DAR UM LAR A TODOS...E SABE PORQUE??? PORQUE PESSOAS COMO VOCÊ NÃO ABREM A PORTA DA SUA CASA PARA AJUDAR... E TODOS OS ANIMAIS DE RUA NÃO CABEM NA MINHA CASA !!!
Infelizmente Carpinejar, você e as pessoas só veem, mesmo, os potinhos na entrada do prédio.
Rosita Rech

rosita disse...

Essas palavras foram inspiradas num comentário da amiga Angel – Protetora de POA !

A principio pode parecer uma crônica de respeito, cheia de frases de impacto e que nos fazem pensar mas, cumpre nesse momento, dar algumas explicações, porque pelo visto o Carpinejar não sabe que os tais 'potinhos' servem, antes de tudo, para aproximar a bichinho, tentar criar vínculo ou talvez até deixa-lo mais tranqüilo, mais manso e com menos pavor do mundo onde foi jogado: o cruel mundo da rua!
Aí, passado um tempo, vem a torcida para que ele confie um pouco em nós e então quem sabe possamos resgata-lo, castrar, vacinar, desverminar para então procurar uma família que o adote !!
Muitos deles, com certeza, nunca serão adotados ou levarão anos até que alguém de bom coração os queira.
E enquanto a adoção não acontece eles viverão em abrigos, casas de passagem ou então viverão NAS RUAS sob os nossos cuidados.
Se Carpinejar não sabe, todas as despesas - TODAS MESMO - desde o resgate até a adoção definitiva do animal, saem do nosso salário, do nosso bolso, da nossa aposentadoria, etc...(remédios, cirurgias, castrações, vacinas, hospedagem, ração). POR ISSO... CARPINEJAR ... POR ESSES MOTIVOS É QUE AS VEZES ELES CONTINUAM NA RUA, JUNTO COM OS POTINHOS.
Somos voluntários e cuidamos (ou tentamos cuidar) de animais abandonados, as vezes ou quase sempre deixando de lado nossas próprias vidas.
Mas isso ninguém vê!!
OS POTINHOS ...AH...ESSES TODAS AS PESSOAS ENXERGAM.
Mas ninguém vê um animal atropelado e sofrendo na rua, ou filhotes largados a própria sorte nos matagais ou nas lixeiras, cães idosos, que nem caminham mais, deitados nas calçadas esperando a morte chegar, ou ainda, as cadelas mamães procurando desesperadamente algum buraco para terem seus bebes longe da maldade.
Ninguém vê a dor, a fome, a sede, o cansaço de um bicho de rua.
Nós, os voluntários, vemos todas essas coisas e temos responsabilidade sim! Queremos cuidar do bicho sim!! Queremos abrir a primeira porta e todas as outras !!
MAS, SR. CARPINEJAR, INFELIZMENTE NÓS NÃO PODEMOS LEVAR TODOS PARA CASA. NÃO PODEMOS DAR UM LAR A TODOS...E SABE PORQUE??? PORQUE PESSOAS COMO VOCÊ NÃO ABREM A PORTA DA SUA CASA PARA AJUDAR... E TODOS OS ANIMAIS DE RUA NÃO CABEM NA MINHA CASA !!!
Infelizmente Carpinejar, você e as pessoas só veem, mesmo, os potinhos na entrada do prédio.
Rosita Rech

Anônimo disse...

Gostaria de ver gente brigando pelas criancas e velhinhos abandonados que vivem nas ruas. Isso sim seria um avanço.

Anônimo disse...

As pessoas que ajudam os animais são pessoas boas, que também ajudam crianças, velhos....Mas pessoas que criticam quem ajuda os animais, geralmente não ajudam ninguém, são egoistas, só pensam em si mesmos e ainda se acham no direito de julgar os outros...porque não olham para dentro de si e vejam o vazio de sua existência, vão ajudar o próximo, mesmo que seja um cachorro ou gato, assim talvez evoluam ao ponto de poder ajudar outro ser humano também.

Anônimo disse...

Acho extremamente ignorante quem leva um texto a ferro e fogo, se sente ofendido e ainda diz estar "decepcionado com o escritor". Isso é ridículo, coisa de gente ignorante que não sabe que pra escrever é preciso se inspirar, sentir e é preciso muita coragem pra expor sua opinião, seus sentimentos, seu ponto de vista....cabe ao leitor ler, interpretar, mas jamais encarar tudo radicalmente como uma opinião pessoal.
Entendi o ponto de vista do texto, achei uma fantástica reflexão, e acho que gente que fica criando caso discutindo o que foi escrito tem que ver uma novela, mais compatível com o tamanho do cérebro.

Anônimo disse...

Acho extremamente ignorante quem leva um texto a ferro e fogo, se sente ofendido e ainda diz estar "decepcionado com o escritor". Isso é ridículo, coisa de gente ignorante que não sabe que pra escrever é preciso se inspirar, sentir e é preciso muita coragem pra expor sua opinião, seus sentimentos, seu ponto de vista....cabe ao leitor ler, interpretar, mas jamais encarar tudo radicalmente como uma opinião pessoal.
Entendi o ponto de vista do texto, achei uma fantástica reflexão, e acho que gente que fica criando caso discutindo o que foi escrito tem que ver uma novela, mais compatível com o tamanho do cérebro.

ganhar dinheiro disse...

parabens pelo belissimo blog, acompanho o mesmo desde 2010, recomendo a muitas pessoas. Parabens

Cristina disse...

OLa, gostei do que vc escreveu...eu moro perto de um parque que pessoas abandonam seus gatos como se fossem lixo. Eu, ultimamente, ponho comida para um gato que simpatizei,mas não moro sozinho e tenho um papagaio. Devo confessar que sofro com isso, gostaria de levá-lo para minha casa. Mas me prometi que darei um lar para um animal de rua, me prometi e cumprirei. Abraços

Unknown disse...

Já procurou essa pessoa que coloca potinhos pra dizer a ela que estás disposto a adotar um dos animais ? Talvez com essa atitude seja um potinho a menos incomodando no pátio do prédio. ..

mary disse...

Por favor...quanta maldade escondida em belas palavras, quase uma poesia romântica. me diz uma coisa sr Fabrício, o que o senhor acharia de estar com fome, mas muita fome e ter que andar mendigando pela cidade um prato de comida? Aí queria ver o senhor falar em ilusão ou qualquer outra coisa do tipo.já ouviu falar em necessidades básicas? pois então, fome e sede são duas delas. o que o Sr sugere? que mania que as pessoas tem de se incomodarem com tão pouco e com algo que ao mesmo tempo prejudica tanto outro ser vivo. bah!!! nem sei mais o que falar de tão absurdo tudo isso.

Anônimo disse...

QUE DEUS ABENÇOE CADA UM QUE AINDA TEM AMOR NO CORAÇÃO E AJUDA A MATAR A FOME E SEDE DE UM ANIMAL.ISTO É CARIDADE.

Fabio disse...

Parabéns!
Atidude e comentário 100% coerentes.

Janice disse...

Os que não castram, esses sim são a origem do problema. Quase 100% de certeza de que quem coloca esse potinho ja tem em sua casa ou apartamento uma quantia de animais que consegue manter. Por isso não consegue ser alheio a fome daquele que não pode trazer também pra dentro de sua casa. Essa questão é muito sensível, mexe com sentimentos de muitas pessoas que se dedicam a resgatar e castrar, tentando encontrar um lar ou soltando novamente esse animal, mas pelo menos sabendo que não gerará mais animais que causaram tamanho desconforto de uma calça suja.

Janice disse...

Fabricio, tu escreveu mesmo isso?