Arte de René Magritte
Um ator da Globo, amigo de Neymar, endoideceu de inveja do relógio do jogador do Barcelona.
Era um relógio dourado, parecia ouro, enorme, como um fundo de caveira.
Um relógio lindo, de parar o trânsito, de incomodar perguntando as horas.
Um relógio de parede no pulso.
Um relógio de chamar assaltante para perto.
O amigo de Neymar ficou com vergonha de perguntar onde ele adquiriu o objeto e o valor, deveria ter sido uma fortuna, uma bagatela sem noção.
Levou um tempão até tomar coragem.
Quando perguntou, Neymar respondeu rindo:
- Comprei num camelô no Rio de Janeiro. Bem barato.
Ninguém desconfiaria de que Neymar estaria usando um relógio de camelô. Porque ele pode comprar qualquer coisa.
Imaginamos que ele somente usa grifes e marcas poderosas, o melhor do melhor.
Que nada. É mortal, é comum, é também filho de Deus e também gosta de camelô.
Quem é rico e famoso pode usar marca-diabo e pensaremos que é rolex.
Já eu, se estou com um rolex no pulso, ninguém vai acreditar que é um rolex. Todo mundo pensará que é de camelô.
Ouça meu comentário na manhã de terça-feira (11/11) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina:
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