segunda-feira, 19 de julho de 2010

OS OUVIDOS DA PAREDE

Arte de Pisanello

Não compreendo a educação, o pudor, o medo de incomodar, o receio de colocar quem a gente ama na parede. Eu emparedo desde o princípio e fuzilo: ficará comigo?

É o modo mais sadio para não se enredar no jogo dos amantes e na duplicidade da infidelidade.

Consultório Poético descarrega sua munição. Meu conselho aqui.

6 comentários:

Fernanda Fernandes Fontes disse...

Fabrício,

Eu fuzilo já no segundo, mas homens vicerais tem sido só os literários mesmo...Não entendo pq muitos ainda insitem em ver a mulher no papel frágil de ser dócil e ficar na espera, sempre...verei, mais uma vez, seus conselhos!

Bjs

ana disse...

Parece que vocês dois, por alguma razão (talvez inconsciente), acham que sexo bom e casamento não combinam. Você ainda tem dúvida quando diz que "será que não daríamos mesmo certo juntos"? E ele já provou que acredita nisso, pois casou com outra. Sinto que falta diálogo entre vocês. As perguntas que você fez ao Fabro sobre os sentimentos que ele possa ter em relação a você, acho que deveria endereçar também para ele. Às vezes a sexualidade assusta um pouco, principalmente uma atração tão grande como você diz. Vivenciar isso dentro de um casamento pode dar uma sensação de que o outro pode nos magoar, então uma forma de lidar com esse medo é manter uma distância controlada. Acho que o que vocês sentem é amor, só que esse amor tem um preço que vocês não querem pagar. O preço da entrega. Um abraço.

Mimi disse...

Carpinejar...
Adorei seus conselhos! parabéns pela sinceridade e coerência.
Abraço

mentira disse...

Seu conselho casa com uma fase intensa de minha vida, caro Mago. Deu-me forças.
Abraços

TÂNIA CAVALHEIRO disse...

OBRIGADA!
Te ler é um prazer quase imortal!

Sempre surpreendente...cada dia melhor!

Crisneive Silveira disse...

A grande maioria dos homens não tem a coragem de encarar uma mulher que empareda. Medo de não estar no controle, de se apaixonar? Não sei. Eles perdem, talvez nós também... Mas aí fica o questionamento: será que aqueles corajosos que suportarem ser emparedados, questionados e sentindo todos os limites da pressão de um relacionamento são mesmo os 'melhores', aqueles que nos farão felizes?