sexta-feira, 14 de novembro de 2014

SE CHICO XAVIER FOSSE O SEU FILHO

Arte de Julius Schnorr von Carolsfeld

O que você faria se seu filho pequeno conversasse com espíritos, ouvisse vozes, escrevesse coisas inacreditáveis para sua idade dizendo que era alguém recitando em seus ouvidos?

O que você faria se seu filho pequeno orientasse os mais velhos, prevenisse tragédias, virasse uma antena de futuros acontecimentos?

Não é óbvio que você levaria para um psiquiatra? Não é previsível que pensaria que é um transtorno de personalidade?

Não daria remédio? Não colocaria de castigo?

Se fosse religioso, é bem possível que levasse em consideração que a criança estava com demônio no corpo.

Poderia benzê-la, exorcizá-la, carregá-la de rezas e benções.

Mas estou falando de Chico Xavier, um dos maiores brasileiros de todos os tempos, autor de 450 livros, com mais de 50 milhões de exemplares vendidos, um dos mais importantes nomes do espiritismo.

Todo mundo gostaria de ter Chico Xavier como filho, mas ninguém conseguiria aceitar o dom de Chico Xavier se fosse de seu próprio filho.

Chico Xavier, como qualquer criança absolutamente paranormal, sofreu horrores. Foi criado pela madrinha, Rita de Cássia, logo após a morte de sua mãe. Apanhava porque dizia a verdade, confessava que os espíritos vinham falar com ele.  Acabou açoitado com vara de marmelo, teve garfo de cozinha enfiado na barriga, até que parasse com a bobagem de enxergar fantasmas.

Será que levamos a sério o que as crianças dizem? Será que reconhecemos quem é realmente especial ou sempre tomaremos o caminho mais fácil de achar que a fé é tão somente loucura?

Na dúvida, tenha paciência. Procure observar e ouvir o caso com amor.

Ouça meu comentário na manhã de sexta-feira (14/11) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina:

2 comentários:

ziobello disse...

de alguma forma, todos nós somos filhos de Maria, ela e seus filhos fazem milagres em nome de Deus

Mara Melinni disse...

Nunca deve se rejeitar a velha premissa de "se colocar no lugar do outro", ainda que se trate de uma criança. Talvez mais ainda por isso...!

Sempre te leio, Carpinejar. Seu nome virou verbo.

Super abraço!