Arte de Jean Dubuffet
Os repelentes do amor são o coitadinho e o cansadinho.
A mulher detesta os dois tipos. O coitadinho é o ranzinza, o eterno insatisfeito. Quando chega no trabalho, reclama de casa. Quando chega em casa, reclama do trabalho. E vai reclamar da fila do cinema, do valor do estacionamento, do restaurante cheio, da festa vazia.
O cansadinho é outra azia: sujeito morno, sem vontade para nada, nem para protestar. Diante de qualquer pergunta, ele diz "tanta faz" ou "pode escolher". É uma falsa generosidade, repassa a responsabilidade por absoluta falta de interesse.
Ouça meu comentário na manhã de sábado (16/2) na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Daniel Scola e Andressa Xavier:
4 comentários:
Seu texto refleti o caráter do ser humano de tudo está imperfeito ou ruim.Belo texto abraços.
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A grande diferença deste Fabricio que se apresenta em pílulas moldadas sob medida para autoajuda e a Clarice Lispector que assombra o Facebook é que ele realmente escreve esses constrangimentos.
O "tanto faz" é o pior de todos!
beijos
Detesto homens "mornos"...
Ouvi um "tanto faz", surte o mesmo efeito de ouvir "pouco importa"...
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