Você acorda às 4h para embarcar no horário certo. Dorme pouco, agenda táxi, percorre 35 km até o aeroporto, não erra em nada e está lá na frente do portão de embarque com uma hora de antecedência. Cumpre a sua parte. Só que o voo da Gol não sai, a atendente avisa que haverá atraso, nada demais. De quinze em quinze minutos, o atraso se prolonga e ninguém avisa da seriedade do problema. Vão deixando as pessoas perderem o seu compromisso pouco a pouco, a conta-gotas, para evitar o escândalo. É uma tortura premeditada das companhias aéreas: elas têm ciência que vão demorar muito mais mas querem ganhar tempo e enrolar passageiros. A partida prevista para 6h45 migra para 7h30, 8h30, 9h30, 10h... Com mais de três horas de atraso. As justificativas são incoerentes: às vezes é a aeronave que não veio, outras vezes é a manutenção da aeronave.
Lamento que vivi essa situação em Confins (MG). Implorei para ser posto em outra companhia, porém enfrentei inoperância da equipe para assegurar uma vaga. Por culpa da Gol (como que vendem bilhetes - caros - em determinados horários se não há avião disponível?), não poderei participar do Encontro com Fátima Bernardes da Rede Globo nesta quarta (16/5), às 10h45.
Crônica publicada em 16/5/2018
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