Arte de Joan Miro
Minha mulher está usando comigo a técnica de reforço positivo, direcionada para os cães.
Sempre fala comigo me olhando nos olhos. Jamais usa o não, mas frases positivas.
Ela não me critica quando faço algo errado e me elogia muito quando realizo seu desejo.
Bate palmas, conta aos meus amigos, festeja o avanço.
Quando acerto, me dá petiscos. No caso, uísque. Mas como acerto pouco, só bebo socialmente.
Seu objetivo é não gerar agressividade nem traumas.
Vai me adestrando lentamente mais pela observação do que pela censura.
Cria hábitos. Tem a hora de comer, de dormir, de transar, de ver filme, de jogar futebol. Os hábitos transformam o ogro em cavalheiro.
Cada boa ação, termino associando à sua influência.
De vez em quando, ela sugere: Que tal escrever? Sem saber, vou lá e escrevo.
De vez em quando, ela sugere: Que tal descansar? Vou lá e deito.
A sugestão tem efeito melhor do que uma ordem.
O afeto é uma hipnose, com grande aproveitamento terapêutico.
Se o cachorro é o melhor amigo do homem, o homem - quando adestrado - pode ser o melhor amigo da mulher.
Ouça meu comentário na manhã desta sexta-feira (19/12), na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, apresentado por Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina:
2 comentários:
Q ideia bacana esse reforço positivo. E q ninguém conteste q 'o homem adestrado pode ser o melhor amigo da mulher'. Muito bom, Carpinejar.
ótimo! haha
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