terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

FUTEBOL COMPOSTO E MENOS ÍNTIMO

Arte de Roger de La Fresnaye

Conhece este ataque?

Roberto Rivelino, Gérson de Oliveira Nunes, Edson Arantes do Nascimento, Eduardo Gonçalves de Andrade e Jair Ventura Filho.

É a seleção maravilhosa de 70. Com os apelidos, todo mundo destrava a língua: Rivelino, Gérson, Pelé, Tostão e Jairzinho

Reconhece esta formação ofensiva?

Antônio Carlos Cerezo, Paulo Roberto Falcão, Éder Aleixo de Assis, Arthur Antunes Coimbra, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira e Sérgio Bernardino

É o time mágico de 82. Com os apelidos, ninguém esquece: Cerezo, Falcão, Éder, Zico  Sócrates e Serginho.

Agora jogador inventou de empregar nome composto.

Até atacante, centroavante, matador, meia. Antes nome composto era exclusividade de zagueiro, para impor respeito.

Acabou a época dos apelidos, da identificação imediata e folclórica, do nome curto, emocional, passional, para a arquibancada gritar e criar cantos.

Tristes os narradores esportivos, que precisam se virar para não perder tempo no lance. De repente é gol, e ainda estão descrevendo um passe de Paulo Henrique Ganso para Alexandre Pato. 

Isso prova que os jogadores estão mais próximos do empresário do que da torcida.

Ouça meu comentário na manhã de sexta (6/2), na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, com Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina:


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