sábado, 1 de agosto de 2015

MANIA DE GRANDEZA DO SOFRIMENTO

Arte de James Ensor

Sempre sabemos por que estamos tristes, mas nunca expressamos o motivo de nossa alegria.

Sempre passamos adiante as causas de uma separação, mas nunca as razões do relacionamento.

Sempre temos na ponta da língua o que nos faz odiar alguém, mas nunca conseguimos definir o que nos faz amar alguém.

Somos ótimos para julgar, somos péssimos para elogiar.

Sempre encontramos um culpado pela nossa dor, jamais encontramos um culpado pela nossa felicidade.

É necessário mudar nossa tendência para sofrer. Nossa mania de grandeza do sofrimento e nosso complexo de inferioridade do amor.

Somos um Napoleão para sofrer e um zé-ninguém para amar.

Somos doutores e sábios com as nossas tristezas, e preguiçosos com o amor, não defendemos o amor, não explicamos o que sentimos.

Uma imagem não vale por mil palavras. Toda palavra só aceita em troca outra palavra. É dar a palavra e não voltar atrás.

Ouça meu comentário na manhã desta terça-feira (21/7), na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, com Antônio Carlos Macedo e Jocimar Farina:

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