terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ESCRITÓRIO

Arte de Piet Ouborg

O que você acharia de um escritório com o chão forrado de jornal?

O que você acharia de um escritório sem ar-condicionado, com as janelas abertas, num calorão de dezembro?

O que você acharia de um escritório em que o funcionário presta serviço de bermuda e camisa aberta?

Isso quando não está de chinelos.

O que você acharia de um escritório onde o responsável divide a atenção do cliente com a televisão ligada?

O que você acharia de um escritório em que o encarregado não para de mexer no celular?

O que você acharia de um escritório no qual não consegue conversar diante da música alta?

O que você acharia de um escritório em que o dono é grosseiro, impaciente e sempre xinga e reclama dos outros?

O que você acharia de um escritório com as poltronas gastas, papéis espalhados, cheiro de cigarro?

Recomendaria um escritório assim para os amigos e familiares?

Pois é o que devemos lembrar quando embarcamos em um táxi. Todo táxi é um escritório, todo taxista é o gerente de um escritório. Quando entramos no carro, estamos conhecendo o ambiente de trabalho daquele motorista. O valor da corrida prevê também as condições do veículo e o tratamento profissional.

Ouça meu comentário na manhã desta terça-feira (01/12), na Rádio Gaúcha, programa Gaúcha Hoje, com Antonio Carlos Macedo e Jocimar Farina:

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