Foto: Gilberto Perin
Se você não faz questão de conversar, não ama mais.
Se a pessoa telefona e acredita que não é nada e nem atende e deixa para depois, não ama mais. Se ela não é mais prioridade, não ama mais.
Se toda história é remorso, não ama mais.
Se já fica irritado somente em escutar a voz, não ama mais.
Se arruma um jeito de retardar a volta para casa, não ama mais.
Se não festeja os finais de semana de folga, não ama mais.
Se não resta vontade de narrar a sua vida, não ama mais.
Se não faz programas a dois, não ama mais.
Se implica com a rotina, não ama mais.
Se beija virando o rosto, não ama mais.
Se empurra a comida com a água, se empurra a convivência com a televisão, não ama mais.
Se não é capaz de esperar o outro terminar de comer para levantar, não ama mais.
Se ameaça antes de ouvir, não ama mais.
Se acredita que a razão tem dono e cobra aluguel, não ama mais.
Se deita em horário diferente de propósito, não ama mais.
Se criou o vício de só falar mal da relação para os amigos, não ama mais.
Se não se importa onde o outro vai e quando volta, não ama mais.
Se o ciúme desfeito não vira saudade, não ama mais.
Se aproveita um erro para criar culpa, não ama mais.
Se a desculpa vem após tortura, não ama mais.
Se não tolera atrasos, se não brinca com os defeitos, se não releva discordâncias, se não procura soluções, não ama mais.
Amor é proporcional à paciência. Quanto mais você tem, mais você ama. Quanto menos você tem, menos você ama.
Publicado em O Globo em 06/04/17
Nenhum comentário:
Postar um comentário